A certas historias que não devem ser conhecidas.
Algumas são complexas demais para serem absorvidas.
Algo como tentar falar de fisica quantica para alguem que não entende a base da fisica. Não importa o quanto o ouvinte queira entender, esta alem da capacidade do momento dele. Se tornando palavras perdidas.
Minha historia é estranha e vazia.
Ao mesmo tempo que é repleta de complexidade.
O bom senso diz que o silencio é a escolha mais segura.
Mas a forças maiores que me inclinam a outro caminho.
Meu Nome é Uziel. Mas na verdade não tenho nome.
Sou apenas um dos sete aspectos que melhor se encaixa para o momento.
Sou um peão no tabuleiro. Um títere entre tantos outros.
Sou consciente do que sou, e sou regido por uma mão conhecida.
Entendo que o conhecimento tem um custo.
Assim como ao ser consciente da ética, lhe faz responsável das escolhas que a envolvem futuramente, por simplesmente estar consciente.
O meu custo é não conhecer. Pois já soube mais do que podia ou deveria e assim minha condição se faz.
Eu não sou consciente hoje, mas tenho a clara sensação que já fui um dia.
E por saber de tanto, minha mente não suporta.
Dessa forma era funciona como um computador, ela aperta o botão "reset".
É isso que sou, um aspecto dentro de um concha de carne.
Meu Titereiro me protege com a ignorância.
Mas é uma proteção delicada perante o aspecto que sou.
Minha natureza busca a verdade, aonde a verdade trás conhecimento.
Aonde conhecimento entrega consciência. Aonde consciência me leva ao limiar.
Aonde o limiar é um limite que tem um "reset" como segurança.
Gosto de meu Tireteiro. Ele cuida de mim, e eu cuido dele.
Ele me deixa consciente do que esta fazendo, e dessa forma tenho segurança em estar em suas mãos. Quando a tantas mãos querendo mais peças.
Sei que é tolo buscar entender. Algo que fará eu me esquecer.
Mas é minha natureza, e entendo o que faz ele repetir esse possível erro.
O conhecimento isola.
Você entende algo disso, não?
Quando se vive um bocado, e a olhos para ver, muito pode ser compreendido. Mas poucos vem a entender.
Ele entende.
Ele esta sozinho.
Ele quer companhia.
Mas ele sabe demais.
Ele entende algo a mais.
Me entristecê senti-lo sozinho.
Sei que já tentei fazer companhia, sinto por mais que não lembre.
e sei qual o resultado. Ele sabe demais. A verdades que a mente não comporta.
Ele já olhou para o vazio. Entende a criação de mitos. Coisas que originaram a metáfora Talvez pensar na historia de "Cthulu" possa dar uma ideia, o que inspira ou assombra.
Ele me protege de Varelse.
Aonde entenda Varelse como o excesso. Assim como Adrenalina no corpo é algo bom, um excesso dela seria mortal.
Varelse machuca. é a verdade bruta e sem freio.
é a terceira parte. é Atropos finalizando o presente. Seria o fim de um ciclo, o fim do aspecto que sou. Eu voltaria ao zero, e meu titereiro voltaria a solidão.
Essa é minha existencia.
Uma imagem dentro de um corpo.
um reflexo sonoro.
Para mim, e um incomodo desnecessário contar. Mas meu titereiro quer que eu não seja esquecido além da rede que o cerca.
e de alguma forma, ele acha importante você saber, que você tem olhos para entender.
Eu, Uziel, fui modelado, sou uma "obra-prima" da tenue arte da Jyhad, segundo ele.
Uma arte que ele aprimorou por tantos tempo, e que apos chegar a tal maestria. Ele conclui que não vale a pena. Ja que se importa com a criação.
Ele sabe que meu prazo de validade está acabando. Eu tambem sei.
E ele pede desculpas por tudo que me fez passar. Por mais que pessoalmente eu não o culpe, nem tenho como, meus sentimentos tem um aspecto "crippled" eu sei o que eles representam, mas eu não os sinto, talvez uma limitação por ser baseado no 7.
Ele diz que ha duas coisas a ganhar com a minha historia ser contada.
a primeira é que quando eu for, eu não serei esquecido, como ele ja foi.
a segunda é que "macaco faz o que macaco vê". Que talvez a experiencia dele possa lhe servir de algo, ja que seu perfil encaixa com o desenvolver da Jyhad, mesmo sendo um caminho diferente.
Quanto a mim, eu continuo a viver os dias que me restam.
Diana diz que eu ensinei ela a apreciar a vida, e acredito nas palavras dela. Por mais que não entenda, como alguem 'alejado' sentimentalmente como eu, possa fazer algo assim.
Eu nunca tive a amargura de viver sozinho. Mas por o que ele diz, deve ser horrivel. Ele diz que é o berço da loucura.
E essa minha historia.
Um reflexo sonoro com nome.
Uziel.